por que temos pesadelos?
daniel gularte
4/23/20252 min read


Se sonhar é natural, por que às vezes os sonhos se transformam em pesadelos?
No último post, falamos sobre como os sonhos ajudam a regular nossas emoções e manter o equilíbrio psicológico.
Mas... e quando o cenário onírico, ou, "mundo dos sonhos", que deveria ser tranquilo, se transforma em um pesadelo angustiante?
A resposta está nas engrenagens invisíveis do nosso cérebro — e, acredite, a ciência tem muito a dizer sobre isso.
O que são pesadelos? A visão da neurociência
Pesadelos são sonhos intensamente negativos, que provocam medo, ansiedade ou tristeza.
Eles ocorrem predominantemente durante a fase REM do sono — a mesma fase em que sonhamos mais vividamente.
De acordo com estudos da Sleep Research Society (2023), pesadelos são um reflexo de processos emocionais não resolvidos ou estresse acumulado.
É como se o cérebro tentasse "ensaiar" ou "digerir" situações difíceis, mas de forma desorganizada e perturbadora.
Além disso, fatores como:
Estresse crônico,
Trauma emocional,
Privação de sono,
Uso de certos medicamentos,
Ou até hábitos irregulares de sono podem aumentar a frequência e intensidade dos pesadelos.
Pesadelos ocasionais vs. transtorno de pesadelos
É importante entender a diferença:
Pesadelos ocasionais são comuns. Todo mundo tem. Eles fazem parte do funcionamento normal do cérebro emocional.
Já o transtorno de pesadelos (Nightmare Disorder) é uma condição clínica séria.
Segundo a American Academy of Sleep Medicine, ela é diagnosticada quando:Os pesadelos são recorrentes (várias vezes por semana),
Interferem no sono reparador,
Afetam a qualidade de vida durante o dia (como causar medo de dormir, irritabilidade, fadiga mental).
Nesses casos, o acompanhamento médico é essencial.
Como reduzir a frequência dos pesadelos?
Não existe fórmula mágica, mas alguns cuidados têm comprovação científica:
✅ Mantenha uma rotina de sono regular: isso reduz a fragmentação do sono REM, diminuindo as chances de pesadelos.
✅ Gerencie o estresse de forma ativa: técnicas como mindfulness, terapia cognitivo-comportamental e atividades relaxantes são altamente recomendadas.
✅ Cuide da saúde mental: traumas não resolvidos tendem a se manifestar nos sonhos. Buscar apoio psicológico é um ato de cuidado consigo mesmo.
✅ Evite estimulantes à noite: álcool, cafeína e certos medicamentos podem interferir na arquitetura do sono, aumentando o risco de sonhos perturbadores.
Pesadelos também têm sua função
Por mais desconfortáveis que sejam, pesadelos fazem parte do vasto repertório de como o cérebro lida com emoções difíceis. Eles são sinais de que seu organismo está tentando processar algo importante.
E entender isso é libertador:
nem todo pesadelo é um inimigo — muitos são, na verdade, tentativas de cura interna.
Durma bem. Sonhe em paz.
Fontes utilizadas:
Nielsen, T., & Levin, R. (2007). Nightmares: A New Neurocognitive Model. Sleep Medicine Reviews.
American Academy of Sleep Medicine. (2024). International Classification of Sleep Disorders.
Sleep Research Society. (2023). Mechanisms of Nightmares: Neurocognitive Perspectives.
Walker, M. (2017). Why We Sleep: Unlocking the Power of Sleep and Dreams. Scribner.
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